Link do novo vídeo: https://youtu.be/Z-PxT7FMBIw
O professor de filosofia Paulo Cruz anunciou em suas redes sociais, ontem, dia 6 de julho, ter feito um Boletim de Ocorrência contra o coronel Aginaldo de Oliveira, ex-chefe da Força Nacional de Segurança Pública, marido da deputada Federal Carla Zambelli (PL-SP), após ter sido ameaçado por ele.
O professor e a deputada bolsonarista participaram do podcast Flow e ao ser questionada por Cruz sobre seu suposto apoio ao aumento do fundão para 2022, Zambelli o xingou de "burro" e interrompeu a conversa alegando que ia "mijar".
Pré-candidato a deputado federal no Ceará, o marido de Zambelli se irritou com um meme que Paulo Cruz partilhou, referente ao podcast — uma montagem que mostrava a deputada cercada por cinco Paulos Cruz.
"Você não passa de um burro, covarde e apresenta características de um pedófilo, ao colocar a imagem da minha esposa como se fosse uma adolescente, com vários homens de pinto duro atrás dela, como se fossem estuprá-la. Você é um comunista frustrado e fracassado. Nos encontraremos!", escreveu o coronel para Cruz no Twitter.
Não contente com isso, Aginaldo também gravou e divulgou em suas redes um vídeo em que chama o professor de "pilantra", "canalha", "vagabundo", "filho da puta" e "pau no cu", entre outras gentilezas. "Uma hora tu vai encontrar comigo", acrescentou.
Cruz respondeu também pelo Twitter: "O marido da deputada Carla Zambelli, coronel reformado da PMCE e diretor da Força Nacional de Segurança, me ameaçou por causa de um meme, me chamou de pedófilo e disse 'Nos encontraremos'. O BO está feito, pois nunca se sabe do que esse pessoal que é contra o mimimi é capaz".
O professor incluiu no tuíte uma foto do boletim de ocorrência eletrônico.
Não há dúvida o Brasil já não é mais novela mexicana... agora virou faroeste mesmo!
De notar que que neste gênero fílmico o argumento mais comum é o do cowboy solitário (rigorosamente, pistoleiros, bandoleiros, jogadores, xerifes ou simplesmente garimpeiros) que vagueia de cidade para cidade, possuindo apenas a roupa que traz no corpo, um revólver e um cavalo (opcional).
As cidades são compostas, geralmente, de apenas uma avenida principal onde se destacam o saloon (local de jogatina, álcool e, eventualmente, prostituição) e a cadeia, onde reside o xerife. A tecnologia da época aparece frequentemente a fazer contraponto às cidades jovens, sem outra lei que não a da força e das armas. Assim, o telégrafo (constantemente vandalizado por grupos de bandidos ou pelos índios), a locomotiva e mesmo a imprensa aparecem como elementos que prenunciam a chegada da civilização e da ordem e simbolizando a transitoriedade do estilo de vida quase selvagem da fronteira ocidental.
Hoje, em vez do telégrafo, no Brasil temos as redes sociais onde o xingamento e as ameaças são padrão. As cidades, são mais densas – mas tão perigosas como as dos filmes, cheias de mal-feitores (e muito pouco mocinhos). O poder... esse está entregue aos brutos e as decisões são feitas por quem berra mais alto, não necessariamente por quem tem razão.
O Brasil é o faroeste mesmo. Tudo se resolve na bala ou na pancada...