A esquerda sempre reclamou para si o monopólio do combate ao discurso de ódio e à discriminação, englobando todas as formas de expressão que propagam, incitam, promovem ou justificam o ódio racial, a xenofobia, a homofobia, o antissemitismo e outras formas de ódio baseadas na intolerância... menos quando é ela própria, a esquerda brasileira, a promover esse mesmo discurso do ódio!
É só hilário!
Embora seja lembrada por sua "educação" e"gentileza", a rainha Elizabeth II fez parte de um "jogo político" para que os olhos não se voltassem para as colônias do Reino Unido. Esta avaliação é de Reginaldo Nasser, professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em declarações ao Brasil de Fato, a 8 de setembro pp.
Também muito militante da esquerda brasileira expressou nas redes socias a sua alegria pela morte da antiga monarca britânica, uma vez que, inegavelmente, ao longo da sua história, a Inglaterra fez genocídio, teve campo de concentração (aliás foram eles que os inventaram e não os nazistas), teve escravidão nas suas colônias que serviu como acumulação primitiva para desenvolver o "sistema capitalista".
Contudo, pergunto eu, quem se não a Inglaterra, lutou desde a primeira hora contra o nazismo? Acresce ainda o fato da rainha Elizabeth II, esta mesmo que morreu na semana passada, durante a segunda guerra mundial, em vez de fugir como tantos outros, ela ingressou Exército britânico quando completou 18 anos. Ela se juntou ao Serviço Territorial Auxiliar (ATS), primeiro como mecânica, com o posto de sub-tenente e depois, já como condutora de ambulância, foi promovida a comandante júnior, o equivalente a capitão.
O mais curioso é que a vice-presidente do Sinn Féin, Michelle O'Neill, partido que é o antigo braço político do agora extinto Exército Republicano Irlandês (IRA), que inclusive assassinou o tio do atual rei, o Lorde Mountbatten, que lhe vem veio, ontem, oferecer uma "mão amiga" a Charles III, que hoje fará sua primeira-visita à Irlanda do Norte como rei do Reino Unido, ao dizer que a morte de Elizabeth II "marca o fim de uma era em nossas vidas" e destacando “a contribuição da rainha para o processo de paz na Irlanda e a reconciliação entre as duas comunidades historicamente beligerantes, a protestante-unionista e a católica-nacionalista.”
Mas, a esquerda brasileira é sempre diferente, muito mais radical do que o resto do mundo e insiste em rescrever a história...
Já o disse e volto a repetir, sempre houve uma vergonha mal disfarçada, transversal à sociedade brasileira de termos sido colonizados pelos portugueses e não pelos ingleses. Temos que, uma vez por todas, ter um mínimo de coerência!
Quem aparentemente não tem problema algum com isso é o ainda presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, que já confirmou que irá à Inglaterra para participar do funeral da rainha Elizabeth II a ter lugar na próxima segunda-feira, dia 19 de setembro.
Mas já quanto à sua insensibilidade sobre mortos por Covid, em que ele disse que não era 'coveiro' ficamos todos a saber que, agora, a 20 dias da eleição, ele se arrepende da fala na pandemia e que deu “uma aloprada”...
Só é pena que essa loucura tenha durado tanto tempo e que, entretanto, tenha custado a vida a 685k brasileiros infetados por SARS-CoV-2...
Uma última palavra sobre o número de manifestantes que foram às ruas, em vários pontos do país, em atos a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), nomeadamente na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro e na Avenida Paulista, em São Paulo... foram impressionantes!
Só que fiquei “mal” impressionado, porque nunca imaginei que ainda houvesse tanta gente iludida no Brasil... enfim!