O Premiê espanhol, Pedro Sánchez, declarou, ontem, o seu apoio à candidatura no segundo turno das eleições presidenciais a Lula da Silva.
Naquilo que eu, de um ponto de vista mais técnico, poderia classificar como um “transtorno dissociativo de identidade”, o Premiê espanhol, Pedro Sánchez, revelou que dá este apoio ao candidato do Partido dos Trabalhadores na condição de líder do Partido Socialista Operário Espanha.
Portanto, para o governante espanhol, tão habituado que está em “apunhalar pelas costas” o seu país vizinho, a Terrinha, a ingerência em assuntos internos de um outro país (que ainda por cima nem é antiga colónia espanhola) é uma mera ninharia...
Aparentemente, na Península Ibérica, em que ambos os chefes de governo são de esquerda (do Português e do Espanhol), nunca ouviram falar do princípio do “Não-Intervencionismo”, em política internacional, o qual se traduz na obrigação dos Estados em não intervirem, direta ou indiretamente, nos assuntos internos de um outro Estado com a intenção de afetar ou subordinar a sua vontade.
Isto deriva de um princípio do Direito Internacional Público - o princípio da não intervenção ou da não ingerência - que estabelece a soberania do Estado e o direito da Autodeterminação dos Povos e que está, nomeadamente, consagrado no Artigo 2.4 da Carta das Nações Unidas.
É muito curioso da gente verificar que a mesma esquerda que se arroga de ter uma suposta superioridade ética e moral, é a mesmíssima esquerda que depois só se submente à Lei quando isso é da sua conveniência... isso é muito interessante!