A umas escassas duas semanas da tomada de posse do novo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidatado ironicamente em quem eu não votei e que por isso tive meu blogue suspenso por causa duma brincadeirinha que fiz na altura da campanha com os filmes do James Bond - 00... 7 - penso que está na altura de vir a público denunciar aquilo que tem sido os ataques vis e soezes que eu e meus colegas de banca de advogados temos sido alvo desde a noite das eleições.
Com é sabido, desde que comecei este blogue, sou de direita e nunca o procurei esconder. Critiquei, quando entendi que tinha de criticar a atuação de determinadas legendas ou de determinados dirigentes políticos conotados com a esquerda brasileira quando discordei de suas atuações ou pronunciamentos.
Mas, tudo se passou no maior espírito de debate e de confronto democrático, como assim entendo que deve ser!
Agora, obviamente que enquanto pai, como católico, como advogado e, sobretudo, como cidadão (já o disse e não me canso de o repetir) acho que se impõe uma política de tolerância zero em relação ao radicalismo.
Venha ele da esquerda ou venha da direita!
Também já o disse que minha família (meus avós inclusive) são majoritamente Evangélicos Pentecostais. Por isso vou abrir a Bíblia e inspirar-me numas passagens do Evangelho segundo São João para ilustrar esta minha crónica...
Assim, esta descrição de São João (Jo 8, 1:11) nos faz ver Jesus a regressar do monte das Oliveiras, onde pernoitara, de manhã cedo, de volta ao Templo, Se senta e começa a ensinar o povo que se aproximara d'Ele. Alguns fariseus e doutores da Lei também se aproximam, mas para O testar. Lhe trazem uma mulher apanhada em flagrante adultério.
“Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisés nos manda apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?”.
Se tratava claramente duma armadilha. Se condenasse aquela mulher, Jesus não seria melhor que aqueles que lha apresentaram e cairia uma das facetas essenciais do Mestre da Sensibilidade, a Sua delicadeza, tolerância, acolhimento dos pecadores e publicanos.
Não condenando, estaria a ser conivente com o pecado e contrariando a Lei de Moisés, que o povo judeu tem como referência imprescindível para sua religião.
"Jesus Se inclinou e começou a escrever com o dedo no chão". E contrapõe: "Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!”
E novamente Jesus nos faz olhar para o chão das nossas misérias. Para atirar a primeira pedra é preciso alguém impecável, que não tenha nenhuma fraqueza, nem pecados.
"Todos saíram da cena. Somente ficaram Ele e ela; ficou o Criador e a criatura; ficou a miséria e a Misericórdia. Ficou ali apenas a pecadora e o Salvador". Jesus Se levantou e disse-lhe: “Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou?”. Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Disse então Jesus: “Nem Eu a condeno. Vá e não torne a pecar”.
Foi desta forma inteligente e humilde que Jesus Cristo salvou a vida a Maria Madalena.
Lembro, também, aqueles que se apressam a atirar as “primeiras pedras”, aqueles alegados "homens bons" que não basta se limitar a orar, meditar e ir à Assembleia!
Eu tenho recebido milhares de queixas na Google, na Microsoft e no YouTube, tentando encerrar meu blog e meu site da banca de advogados.
Como facilmente podem constatar perderam TODAS elas, já que o blogue, o site da banca e o canal de YouTube continuam todos online!
Obviamente não me estou a comparar a nosso Senhor Jesus Cristo, mas tão somente a tentar seguir o seu exemplo e aqui denunciando todos quantos, inconformados com o resultado eleitoral e apesar de também se dizerem cristãos, não fazem qualquer ressonância da Boa Nova do Senhor Jesus e se limitam a odiar o próximo.
De que adianta ir para a Assembleia ouvir o Pastor ou o Bispo, estudar a Bíblia, se depois na rua agem que nem Fariseu?