TEMOS MUITAS “MARILENAS CHAUIS”...

Não tem como não começar, hoje, por agradecer às muitas centenas de leitoras e leitores que me mandaram mensagens ontem e aos 5,6k que aderiram (só) nas últimas 24 horas ao blog.  

A todos vocês o meu muito obrigado, mesmo! Fiquei emocionado com o teor das vossas mensagens, sem exceção... tanto que, amanhã, estarei anunciando aqui uma “autentica revolução” no blog. FIQUEM POR ISSO ATENTOS!   

Hoje, porém, como ainda não deu “por questões meramente técnicas” vou seguir no modo ainda habitual, ou seja, escrevendo, mas prometo que vou ser curto. Ok?   

Peço, por isso, um pouco de paciência! Obrigado a todos vocês!

Queria dedicar a crónica de hoje à Professora Marilena Chaui, considerada uma das filósofas mais importantes do Brasil, uma das mais influentes intelectuais do país, uma das co-fundadoras do Partido dos Trabalhadores (PT) e que fez seu doutorado na USP, em 1971, onde é professora emérita de Filosofia Política e Estética da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo   

Com elites intelectuais assim, vocês ainda se perguntam do porquê do Brasil estar tão ruim? Eu não!   

Eu odeio a classe média. A classe média é o atraso de vida. A classe média é a estupidez; é o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista. É uma coisa fora do comum. (...) A classe média é uma abominação política, porque é fascista; é uma abominação ética porque é violeta, e é uma abominação cognitiva porque é ignorante. Fim.” 

Pronunciamento dela, na presença de Luiz Inácio Lula da Silva (que ria) e que aplaude no final. Num evento promovido pela Fundação Maurício Grabois, no dia 13 de maio de 2013.   

"A verdade não pode escandalizar."  

Citado no programa Roda da Vida, 3 de maio de 1999.   

"Eu conheço Deus. Eu não acredito nele. Acreditar em Deus é esperar que ele se revele através dos textos sagrados. Conhecê-lo é exercer o trabalho do pensamento na direcção de conhecer a estrutura do universo, do modo de realização."  

Respondendo à questão de Paulo Markun, no Roda da Vida, 3 de maio de 1999.   

Vou passar por cima da sua (i)modéstia quando se refere ao seu livro de "extraordinário”, porque me faz lembrar aquela piada do “só génios presentes na sala eramos dez” e passar diretamente à analise, algo Freudiana, do troglodita “ódio pela classe média” demonstrado pela Professora Marilena Chaui.   

Lênin considerava que a tomada de consciência pelo proletariado só poderia ser impulsionada do exterior dessas lutas: “A consciência política da classe não pode ser levada aos operários senão do exterior, isto é, de fora da luta econômica, de fora da esfera das relações entre operários e patrões” Neste sentido, apontava para uma construção organizava que pudesse estar “fora” da luta econômica com o intuito de, na medida do possível, imprimir um caráter político à mesma. Essa organização não poderia deixar de ser uma espécie de vanguarda organizada, formada por ativistas experientes e deveria ter, entre suas diretrizes, o objetivo de realizar uma consciência política mais avançada e propagandista.   

Ponhamos isto de uma forma ultra simples: Haveria uma elite política que mandaria, do jeito Lula da Silva, Marilena Chaui e Gleisi Hoffmann (inteligente e esclarecida) que me iria governar a mim, a si e ao resto dos ignorantes brasileiros. Entenderam agora?   

A Professora Marilena Chaui ficou “presa” numa conceção marxista-lenista do século XIX e talvez nem reparou que já estamos vivendo no século XXI.   

A classe média constitui a maioria da população da União Europeia e dos Estados Unidos. Todo o mundo possui seu próprio carro, sua casa, sua geladeira, praticamente não tem comunidade, tem os melhores sistemas de saúde e de educação do mundo... e a Professora Marilena Chaui “odeia a classe média”.

O problema não é ter ricos... o problema é haver muitos pobres. E isso, Marilena Chaui, nunca procurou entender!

Termino, questionando a Professora Marilena Chaui, tão preocupada que está com a classe proletária brasileira, se não ela tem empregada(s) doméstica(s)? Ou se é ela própria que cozinha e lava a roupa dela? Vá lá responde para mim...   

Por isso é que eu digo que o Brasil (ainda) é uma superpotência adiada... temos muitas “Marilenas Chauis”...